A Vila de Iguassú, o mais importante núcleo urbano do Império fora da capital, a cidade do Rio de Janeiro, emerge aos poucos das décadas de abandono para se tornar um importante pólo de turismo e pesquisa.
Na última quarta feira, 15, data do aniversário de 192 anos da cidade de Nova Iguaçu, o longo dia começou com uma Missa Solene celebrada por Dom Gilson Andrade e Dom Luciano Bergamin, na histórica Catedral de Santo Antônio, no centro da cidade.
A tarde, um grupo de personalidades de diversos segmentos da sociedade partiu para o Bairro Barão do Guandú, em Tinguá, para acompanhar a inauguração do Pórtico do Parque Histórico e Arqueológico de Iguassú Velha, o lançamento da pedra fundamental do Museu de Arqueologia e Etnologia de Nova Iguaçu (MAE-NI) e para conhecer as escavações arqueológicas na Casa da Câmara e Cadeia da antiga Vila de Iguassú.
O PÓRTICO
Em evento bastante concorrido, a vice-prefeita e secretária da Mulher, Roberta Teixeira, descerrou a placa de inauguração do suntuoso Pórtico do Parque Histórico e Arqueológico de Iguassú Velha, localizado na entrada principal de acesso ao largo da Torre da Igreja de Nossa Senhora da Piedade do Iguassú e das ruínas da antiga Vila de Iguassú.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA
Na praça da Vila, o secretário Marcus Monteiro e Roberta Teixeira conduziram o lançamento da pedra fundamental da futura sede do Museu de Arqueologia e Etnologia de Nova Iguaçu (MAE-NI), obra que, em sua arquitetura, obedece as linhas das antigas construções que existiam no local, e se encontra em estágio avançado de execução.
PRESENÇAS ILUSTRES
A cerimônia contou com a presença do Subsecretario de Cultura do Estado BXD, Augusto Vargas; do representante do Inepac, Leonardo Lopes; do procurador da Prefeitura de Nova Iguaçu, o advogado João Bosco Filho; do Presidente da Fenig, Miguel Ribeiro e os vereadores Claudinho da Kombi, Tadeu do Marcos Fernandes e Dr Robertinho.
Na sede do museu, em construção em estilo barroco do século XIX, a vice prefeita e convidados puderam observar fragmentos de cerâmicas portuguesas e inglesas, frascos de perfumes, talheres, chaves e fechaduras de metal, e cachimbos de barro com grafismos.
A análise do material encontrado possibilitará a realização de estudos que deverão apontar a realidade econômica, cultural e de poder na antiga Vila de Iguassú.
ARQUEOLOGIA
O tour ainda previa uma visitação as escavações arqueológicas na Casa da Câmara e Cadeia da antiga Vila de Iguassú.
No local, o grupo foi recebido pelo Superintendente de Pesquisas Arqueológicas da Secretaria de Cultura de Nova Iguaçu e mestre em arqueologia do Museu Nacional, Diogo Borges, que em meio as ruínas da antiga Vila, explicou como tem sido conduzida as pesquisas e o processo de resgate histórico do lugar que, de tão extraordinário, se tornou o ponto alto da visitação.
“Temos em Tinguá, um dos mais importantes sítios arqueológicos da recente história deste país. É importante restaurá-lo e entregar a cidade para visitação e turismo”, declarou o Secretario Marcus Monteiro.