Quantas vezes a palavra menopausa foi evitada, sussurrada, tratada como algo vergonhoso?

Para desconstruir a questão, tirar o peso do preconceito e torná-la um assunto que pode ser discutido sem mágoas, vergonha e rancores, as Soltarinas, um grupo divertido de mulheres de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, que dançam como se não houvesse o amanhã, apresentam, hoje, as 20 horas, no Teatro Nova Iguaçu-Petrobrás (TNI), o espetáculo “Soltarinas em Menopausa!”.

Com humor, essas meninas levadas divulgaram o espetáculo em tirinhas, com diálogos engraçados, estilo HQ, nas redes sociais.

TABU

Com dança, música e humor elas abordam a pauta que durante muitos anos foi tratado como tabu na vida de muitas delas.

“Estou com 51 anos e um dia perguntei para uma amiga, como foi a chegada da menopausa para ela. Ela respondeu, falando bem baixinho, que era melhor não conversamos sobre esse assunto. Percebi, naquele instante, que o tema MENOPAUSA ainda é um tabu que precisamos ajudar a desconstrui-lo, com urgência! Vamos falar, sim! Trocar experiências, buscar informações e ferramentas para atravessarmos essa fase com qualidade de vida”, convoca a atriz e produtora  Simone Vianna, líder das Soltarinas.

MENOPAUSA

“Menopausa”, que já estreou este ano no TNI, em dia de temporal na cidade (e  mesmo assim conseguiu praticamente lotar o  teatro) é um espetáculo musical leve e divertido, que trata dessa fase da mulher como mais um dos muitos rituais que se vive ao longo da vida.

“São 23 mulheres no palco, atuando, cantando, dançando e expondo suas vulnerabilidades em cena, de corações abertos, com o objetivo de que cada mulher que assista a peça sinta que ela não está sozinha e não é a única que passa e sofre com os muitos sintomas que a menopausa pode gerar”, assegura Simone.

HORMÔNIOS

A peça conta com a participação de dois atores-bailarinos, Darlan Souza e João Alcântara, que dão vida aos hormônios Estrogênio e Progesterona.

“Soltarinas em Menopausa” ressalta a importância da sororidade, que é o apoio mútuo e a amizade entre as mulheres.

“Assistir ao espetáculo nos ajuda a entender um pouco mais sobre o universo feminino”, reitera Marcelo Alonso, supervisor geral da peça e sócio da M.A. Produções Artísticas.