A discussão sobre ações que reforcem o cuidado emocional de crianças e adolescentes nos ambientes escolares ganhou destaque na Câmara Municipal de Nova Iguaçu.
Entre as iniciativas, está a criação da “Urna do Desabafo”, mecanismo pensado para oferecer aos estudantes um espaço seguro, reservado e anônimo para expressarem sentimentos, receios e eventuais situações de violência ou sofrimento.

SESSÃO ORDINÁRIA
O Projeto de Lei, nº 1.481/2025, de autoria do vereador Vaguinho Neguinho, foi aprovado em 2ª votação, durante sessão ordinária, implementando a urna nas escolas municipais.
A proposta tem sido tratada como um avanço na construção de políticas públicas voltadas para a saúde mental e a proteção de estudantes.

PEDIDOS DE AJUDA
A ferramenta funciona de forma simples: instalada em local estratégico da escola, a urna permite que alunos depositem mensagens escritas relatando angústias, conflitos ou pedidos de ajuda.
Segundo o vereador Vaguinho, dispositivos como a “Urna do Desabafo” podem auxiliar as equipes pedagógicas na identificação de casos de bullying, isolamento social, violência doméstica, ansiedade e outros problemas que muitas vezes passam despercebidos no cotidiano escolar.

GESTO DE ESCUTA
O presidente da Câmara, Dr. Marcio Guerreiro, destacou que a medida representa um avanço no cuidado com os estudantes: “A Urna do Desabafo não é apenas uma caixa, é um gesto de escuta, de acolhimento e de proteção. Muitas crianças e adolescentes não conseguem verbalizar suas dores, mas conseguem escrevê-las. E quando a escola se abre para ouvir, mesmo que anonimamente, ela salva vidas e previne situações mais graves. Precisamos de ambientes educativos que cuidem do emocional tanto quanto do aprendizado,” afirmou.

SIGILO E RESPEITO
O vereador Douglas Nadaes, que já foi conselheiro tutelar, ressaltou ainda a importância de que o conteúdo das urnas seja analisado com responsabilidade e encaminhado às equipes de apoio psicológico, assistência social ou outros setores competentes. “Esse material precisa ser tratado com sigilo e respeito. A escola deve estar preparada para agir, acolher e garantir que cada desabafo seja levado a sério,” completou.
FUNÇÃO SOCIAL
O parlamentar Juan Santa Cruz afirmou que, ao dar voz aos estudantes, a escola reforça sua função social de proteção e aproxima a comunidade escolar de políticas públicas mais humanas.
“Cuidar da saúde emocional é cuidar do futuro. Cada aluno que encontra um espaço para se expressar é um jovem menos vulnerável e mais fortalecido,” disse o vereador Igor Porto.
O projeto segue agora para a sanção do Executivo.
Texto: Arlete Silva, assessoria de imprensa CMNI





















