Em evento com direito a tapete vermelho, os alunos das turmas de 2023 da EncontrArte Audiovisual e convidados tiveram a satisfação de assistir aos seus trabalhos na tela grande. Antes da exibição, os produtores Claudina Oliveira e Tiago Costa fizeram uma apresentação do EncontrArte Audiovisual. Em seguida, os filmes estrearam, seguidos de imagens de bastidores (making of) das produções.
Na sessão, foram exibidos os curta-metragens “O Teste”, de Emanuel Sedano; “À Porta”, de D’Andrade; “Entre Realidades”, de Gisele Nunes e “Super Palmitão”, de Endrel Luiz.
Em momento especial e de grande emoção, foi exibido o curta “Dia de Produtor”, de Guilherme Leopoldo, ex-aluno do EncontrArte. O filme acompanha um dia do ator e produtor Fabio Mateus, um dos produtores do EncontrArte, que nos deixou recentemente.
O relato da obra de Fabio foi traduzido em lágrimas pela grande plateia, especialmente por Glória e Fernanda, mãe e irmã do produtor, e pela jornalista Bernadete Travassos, viúva do homenageado.
No tapete vermelho, a atriz Ana Moreira, protagonista do curta “O Teste”, afirmou que sempre sonhou ter um trabalho seu exibido em uma sala de cinema, e a première do EncontrArte permitiu a realização deste sonho. Sentimento compartilhado com o diretor e roteirista Emanuel Sedano. Natural de Queimados, Emanuel falou sobre a oportunidade de estudar cinema:
“Foi uma experiência e tanto. O EncontrArte possibilitou alcançar coisas que muitas vezes, para nós da Baixada, são quase inalcançáveis”.
Gisele Nunes é mais uma aluna estreante na direção cinematográfica. Com o curta “Entre Realidades”, ela buscou impactar a sociedade a respeito da violência doméstica. A jovem cineasta falou sobre a sua obra e a noção de tempo, após a sua experiência com a produção audiovisual:
“Espero que meu filme traga reflexão sobre a violência doméstica e mostre a capacidade da mente humana de fugir de um ambiente violento. Minha experiência em set foi incrível e pude entender o valor do tempo. Horas dedicadas a uma cena e só trinta segundos de tela, ou menos.”
Até há pouco tempo atrás, estudar cinema ficava restrito a poucas cidades do país, a um custo muito alto. Na Baixada Fluminense, com todo o contexto de equipamentos culturais disponíveis e oportunidades, estudar cinema ainda é um ofício muito complicado. A região, que tem 13 municípios, tem apenas dois cursos de cinema.
Todos os filmes exibidos fizeram grande sucesso e se apresentam promissores para exibição no fechado circuito de festivais.
O público presente ao evento atentou para a qualidade técnica dos filmes e para a importância de cada narrativa transposta para a tela.
É a sétima arte, fazendo arte, com assinatura da Baixada Fluminense.
Fotos de Danilo Sérgio