O Museu de Arte Contemporânea de Niterói – MAC recebe, entre os dias 1 de junho e 4 de agosto, a exposição fotográfica “Yvy Marãey – A terra sem males”.
A série inédita, com curadoria de Victor De Wolf, mergulha nas raízes ancestrais do povo Guarani através das lentes do fotógrafo Daniel Sul.
“Yvy Marãey”, que significa “busca pela terra sem mal”, é o tema central da mostra, que aborda a cultura e mitologia do grupo Guarani Mbya, a partir de uma investigação visual voltada para a Aldeia Mata Verde Bonita.
Os guaranis, o maior povo indígena do Brasil e a maioria entre os indígenas aldeados no Rio de Janeiro, têm percorrido vastas distâncias em busca dessa utopia por mais de 2 mil anos. Esta busca é um traço distintivo de seu povo, marcada pela esperança e resiliência.
Atualmente, muitas comunidades Guarani no Brasil têm lutado para recuperar pequenas parcelas de suas terras ancestrais, enfrentando terríveis consequências sociais devido à perda da maior parte de seu território.
A Aldeia Mata Verde Bonita, situada em Maricá, é o cenário e a inspiração para a criação da mostra.
Sob a liderança da Cacica Jurema, filha de D. Lídia, essa comunidade de aproximadamente 200 moradores mantém viva a tradição e a cultura Guarani. Após perderem suas terras na cidade de Niterói, o grupo estabeleceu-se no bairro de São José, em Maricá, com apoio da prefeitura local, e busca pela demarcação da terra que ocupam há mais de 10 anos.
Como uma iniciativa do Instituto Terra Verde, a exposição busca trazer visibilidade e fortalecimento à diversidade cultural e à presença Guarani nas terras fluminenses, em resposta ao apagamento e silenciamento de sua cultura e história.
“Ao optar por dar visibilidade à questão indígena através das Artes Visuais, partimos do princípio de que as pessoas só respeitam, defendem e protegem o que conhecem. Partimos, também, da certeza de que uma exposição fotográfica, com conteúdo e qualidade técnica e artística, mostrando a realidade de indígenas que habitam as terras fluminenses, pode ter um grande alcance, fazendo com que um enorme número de pessoas passe a conhecer e a defender a cultura, o direito à terra e a vida desses povos”, afirma Leonardo Brandão, presidente do Instituto Terra Verde.
Em sua abertura, a mostra contará com a apresentação do Coral Guarani da Aldeia Mata Verde Bonita, celebrando a tradição e a contemporaneidade da música indígena brasileira.
A exposição conta com a participação da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e do Governo do Estado do Rio de Janeiro, do Ministério da Cultura e do Governo Federal, através da Lei Paulo Gustavo, além do apoio da Secretaria Municipal das Culturas, da Fundação de Artes e da Prefeitura de Niterói.
Veja algumas imagens da exposição (indígenas guaranis da Aldeia Mata Verde Bonita, em Maricá):
Fotos de Daniel Sul
Serviço
Data: 1 de junho a 4 de agosto
Local: Museu de Arte Contemporânea de Niterói – MAC
Horário: Segunda a sábado, das 10h às 18h; Domingos e feriados, das 12h às 16h
Endereço: Mirante da Boa Viagem, s/n – Boa Viagem, Niterói – RJ, 24210-390
Classificação: Livre
Ingressos: R$ 12,00 (inteira) / R$ 6,00 (meia)
Gratuidades: crianças menores de 7 anos, estudantes da rede pública (fundamental e médio), pessoas que moram ou nasceram em Niterói, servidores públicos municipais de Niterói, pessoas com deficiência e visitantes que chegarem ao museu de bicicleta.
Meia-entrada: pessoas com 60 anos ou mais, estudantes de escolas particulares e universidades, ID Jovem e professores.
Às quartas-feiras, a visitação é gratuita para todo público.