O geólogo Igor Caravana lança hoje, na Casa de Cultura de Ney Alberto, no Complexo Cultura Mário Marques, em Nova Iguaçu, a exposição “Na Trilha do Vulcão”.
O evento também marca o lançamento do catálogo “Vulcão de Nova Iguaçu, Geologia, História e Paisagem Cultural”, que une saberes científicos, históricos e simbólicos sobre essa formação geológica que é patrimônio natural e cultural da Baixada Fluminense.

MEMÓRIA E TERRITÓRIO
“Na Trilha do Vulcão”, é um convite a valorização da memória e do território da Baixada Fluminense.
A curadoria é assinada por Igor Caravana, com produção da Yesod Produções e assistência de produção de Luana Brito.
Há controvérsias em relação a existência do Vulcão de Nova Iguaçu, que embora alguns cientistas afirmem estar extinto há milhões de anos, ainda é alvo de estudos geológicos e representa um ponto de identidade territorial para os moradores da região.

A POLÊMICA DO VULCÃO
A ideia de um vulcão no Maciço do Mendanha, popularmente conhecido como Serra do Vulcão, surgiu nos anos 1970, baseada em rochas de aparência fragmentada, que resultaram de erupções vulcânicas.
A existência de um vulcão em Nova Iguaçu foi proposta pelos geólogos Viktor Carvalho Klein e André Calixto Vieira na década de 1980.
Klein e Vieira basearam sua descoberta na presença de rochas piroclásticas e na existência de uma cratera vulcânica.
Eles acreditavam que a rocha piroclástica eram depósitos de fluxo piroclástico, constituindo um “edifício vulcânico completo extraordinariamente bem preservado”.

BELEZA NATURAL
No entanto, o trabalho dos pesquisadores não foi publicado em periódicos científicos, portanto, a hipótese do Vulcão de Nova Iguaçu não recebeu a atenção e o escrutínio necessários para transformá-la em uma teoria científica academicamente aceita.
Apesar da desmistificação científica, a região é conhecida e tem atraído visitantes por sua beleza natural e prática de atividades desportivas, como trilhas na “Serra do Vulcão”.
