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“O Canto da Três Raças na Terra dos Laranjais”

Durante muitos anos, a história do Brasil foi contada em uma versão complemente distorcida da realidade.

Nos dias atuais, é sabido que quando Cabral, o navegante português, chegou as águas da Ilha de Vera Cruz, no litoral da Bahia, o lugar era habitado por índios, os povos originários, que viviam no território há milhares de anos.

Com o passar dos anos, de guerra em paz e de paz em guerra, com um passado pouco abonador, o país foi se consolidando como nação.

O Prefeito Dudu Reina discursa na abertura da exposição na Casa de Cultura de Nova Iguaçu (Foto: Renato Fonseca)
Marcus Monteiro apresenta ao prefeito Dudu Reina a exposição “O Canto da Tres Raças na Terra dos Laranjais” (Foto: Renato Foseca)
Marcus Monteiro apresenta ao prefeito Dudu Reina a exposição (Foto: Renato Fonseca)
Marcus Monteiro apresenta ao prefeito Dudu Reina a exposição (Foto: Renato Fonseca)

AS TRÊS RAÇAS

A partir do século XX aprendemos nas escolas que a composição étnica brasileira é oriunda de três raças distintas: os indígenas, que eram os povos originários; os brancos europeus, os invasores; e os africanos, que foram trazidos da África como escravizados para o novo continente.

Para quem tem curiosidade de conhecer um pouco mais desta história, ela está sendo contada na exposição “Da Velha Iguassú a Nova Iguaçu, O Canto da Três Raças na Terra dos Laranjais”, em cartaz na Casa de Cultura, no Complexo Cultural Mário Marques, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em comemoração aos 192 anos de sua emancipação política e administrativa.

Máscara Elmo Mende, de Serra Leoa, bustos em bronze de Obá (Rei) e da rainha do Benin, procedência Benin e mascara de Elmo Igbô da Nigéria, na África.
A escultura original de Zumbi dos Palmares e o tigres do Benin, África.
Os bustos do Orixás Iansã, Oxóssi, Oxumaré,m Xango e Nanã, de Guiné Bissau.
Cerâmicas e as plumárias de ritos indígenas.
Escultura Baule em madeira patinada, chifre e bronze da Costa do Marfim.
Máscara Bantu, em madeira entalhada, procedência Congo, na África.
Relicário Mbulu-Ngulu, origem do Gabão.
A escultura do mestre Aleijadinho, o mais importante representante do barroco brasileiro.
Oratório com santos barrocos.

FOTOS/CRÉDITOS: Thiago Loureiro e Alberto Aquino.

UMA CIDADE DIVERSA

Numa noite concorrida, que teve na abertura uma apresentação do cantor Marcelo Negret, na sacada da Casa de Cultura, cantando a música “O Canto das Tres Raças”, de Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte, o prefeito Dudu Reina, em seu primeiro compromisso oficial, falou de sua emoção de participar do grande evento:

“Hoje se inicia as comemorações do aniversário de Nova Iguaçu, mas o presente é meu. Nova Iguaçu é uma cidade diversa, que respeita as pessoas e acolhe quem chega, e que rapidamente vira iguaçuano de coração. Vocês não imaginam a emoção de um cara que nasceu nessa cidade e ama tanto essa terra estar aqui fazendo abertura das comemorações dos 192 anos de Nova Iguaçu”, declarou.

O historiador Marcus Monteiro faz a curadoria da exposição.

NA TERRA DOS LARANJAIS

A exposição, conta a evolução da ocupação do Brasil, e, mais especificamente, da Baixada Fluminense, revela através de peças raras e originais, os hábitos dos povos originais (os indígenas), a chegada dos europeus, que desencadeou o massacre dos povos indígenas, a colonização e a chegada dos povos africanos escravizados, que serviam de mão de obra aos senhores de engenho.

Longe de ser uma experiência didática, a mostra, com curadoria do historiador e Secretário de Cultura de Nova Iguaçu, Marcus Monteiro, tem peças de valores incalculáveis para a história do país e da região. São estátuas, bustos, oratórios, mapas, relicários, artefatos, plumagens. Um conjunto inimaginável que conta em detalhes a vida nas antigas aldeias da Baixada e na formação étnica do país.

“O Canto da Tres Raças na Terra dos Laranjais”, mostra a arte e a cultura de nosso povo através das tres raças que formaram o povo brasileiro, especialmente o povo da Baixada Fluminense e, mais especificamente, o povo iguaçuano”, revela o  historiador e Secretário de Cultura Marcus Monteiro.

PRESENÇAS ILUSTRES

A festa, concorridíssima, contou com a presença de nomes ilustres da vida política e social da cidade. Alem do prefeito Dudu Reina, o evento contou com a presença do deputado Felipinho Ravis, dos vereadores Douglas Nadaes, Wesley Lopes, Igor Porto, Juan Cruz e Danielzinho da Padaria; do Subsecretario de Estado de Cultura, Augusto Vargas, do presidente da OAB-Nova Iguaçu, Antonio de Pádua; do procurador da PMNI, Dr. João Bosco, entre diversas autoridades.

Marcus Monteiro e o procurador da Prefeitura de Nova Iguaçu, João Bosco Filho.
O prefeito Dudu Reina com os advogados Julio Cesar e Antônio de Pádua.
O prefeito Dudu Reina, o deputado Felipinho Ravis, Marcus Monteiro, Augusto Vargas com os vereadores Douglas Nadaes, Wesley Lopes, Igor Porto, Juan Cruz e Danielzinho da Padaria com a turma da Secretaria de Cultura do Estado BXD.
Os juristas Antonio de Pádua, Fabio Telles, Julio Cesar e Leonardo Santos.

A FESTA DA CIDADE

A exposição, em cartaz durante todo o mes na Casa de Cultura de Nova Iguaçu foi a abertura das comemorações dos 192 anos de emancipação política e administrativa do município. E a programação oficial continuou com a missa solene celebrada na Catedral de Sto Antonio; a inauguração do Pórtico do Parque Histórico e Arqueológico de Iguassú Velha; o lançamento da pedra fundamental da futura sede do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) de Nova Iguaçu; a visita as obras de construção da sede do Parque Histórico e Arqueológico de Iguassú Velha e a entrega da Medalha do Mérito Cultural, no Teatro Sylvio Monteiro, na Casa de Cultura de Nova Iguaçu.

A ExtraVip esteve presente em todos os eventos e conta tudo em detalhes durante a semana.

Fotos/Crédito:  Thiago Loureiro e Alberto Aquino

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