Com os pés firmes no chão e a cabeça erguida, Marie Antoinette atravessou o mundo carregando nas mãos o peso da ancestralidade e o brilho de quem sabe aonde quer chegar. Marie, empresária multifacetada, de origem guineense e cabo-verdiana, de nacionalidade suíça, lança sua autobiografia, “Das Cinzas ao Ouro”, no Rio de Janeiro no MUHCAB- Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira no dia 13 de junho às 11 horas na sala Carolina de Jesus e na Bienal do Livro no Espaço da Secretaria da Educação no dia 14 de junho às 11h30, também no Rio de Janeiro. Em São Paulo será no dia 16 de junho, no Museu da Língua Portuguesa, na Praça da Luz, no Centro histórico da cidade, em uma celebração que promete ser um manifesto de força, resistência e sofisticação.

MULHER PRETA
Mulher preta de origem guineense e cabo-verdiana, nascida na Suíça, Marie construiu um império à sua maneira. Com presença marcante na mineração, investimentos de alto padrão e consultorias estratégicas, sua atuação vai além dos números e sua vibrante trajetória ressignifica o que é ser uma mulher preta em espaços historicamente negados.

VERSATILIDADE
Mas o seu currículo vai além dos compêndios de economia. Marie já desfilou para Dolce & Gabbana, Versace, Paco Rabanne e Jean Franco Ferré. Estampou campanhas de moda e lançou dois álbuns musicais: The First Brick e Somebody Loves. Ainda assim, Marie se define como “mãe, antes de tudo”.

MATERNIDADE ATÍPICA
Em sua obra, ela compartilha não apenas a construção de uma carreira sólida, mas os silêncios e os sons da maternidade atípica — criando sozinha um filho autista e superdotado, que hoje é empresário musical e diplomado pela prestigiada New York University (NYU). “Minha maior conquista foi promover a autonomia do meu filho. Isso ninguém me tira”, afirma, vitoriosa.

EXISTIR É UM ATO POLÍTICO
Ao contar sua história com sinceridade e elegância, Marie provoca: “quantas outras mulheres pretas poderiam ser potências globais se tivessem as mesmas oportunidades?” Com sensibilidade, Marie costura narrativas de dor e glória, e lembra que existir, sonhar e vencer também é um ato político.
PONTES
“Das Cinzas ao Ouro” chega às livrarias com o selo da coragem e a promessa de inspirar outras mulheres a erguerem suas próprias pontes — entre mundos, entre tempos, entre elas mesmas.