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Seminário em Duque de Caxias fortalece a ciência, arte e memória na Baixada Fluminense

A UNIGRANRIO, em Duque de Caxias, se transformou em palco de reflexões profundas sobre cultura, território e produção de conhecimento durante o  I Seminário de Arte, Cultura e Patrimônio da Baixada Fluminense, realizados nos dias 6 e 7 de maio, que reuniu pesquisadores, estudantes, artistas e coletivos culturais em torno da valorização de memórias locais e da ciência que nasce das periferias.

Promovido pelo Laboratório de Estudos em Cultura, Educação, Memória e Arte (LABCEMA), o evento foi organizado pelas professoras Renata Oliveira e Tamara Campos, do Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Culturas e Artes da Unigranrio.

O professor Celso Pansera, presidente da FINEP, faz palestra durante o evento no anfiteatro da PROPEP.

A CULTURA COMO CAMPO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

A proposta foi a de integrar universidade, territórios e políticas públicas em torno da cultura como campo estratégico de transformação social.

“O seminário reafirma a importância da ciência produzida a partir dos territórios e voltada para a cultura. Discutimos memória, história, arte e patrimônio com profundidade, afeto e rigor acadêmico”, disse Renata Oliveira, coordenadora do LABCEMA, da Unigranrio.

Alunos e participantes do Seminário, em Caxias.

PALESTRAS

A programação ofereceu palestras, oficinas, grupos de trabalho para discussões e uma exposição de arte que exibiu obras de artistas locais, em parceria com Instituto Histórico da Câmara de Duque de Caxias (CMDC).

Entre as palestras, destaque para “Literatura e Memória: o que os clássicos têm a nos dizer?”,  da antropóloga especializada em patrimônio Regina Abreu, que refletiu sobre a importância de livros clássicos na atualidade, e “Arte, Humanidades e Inovação: possibilidades de atuação na Baixada Fluminense”, proferida pelo presidente da FINEP, Celso Pansera, que falou sobre inovação e cultura na Baixada.

A professora da UERJ-FEBF Eliana Laurentino e a diretora do Instituto Histórico (CMDC) falaram sobre pesquisas históricas na Baixada.

“O Seminário foi um espaço de encontro entre pesquisa e experiência e um impulso para novas práticas de inovação cultural na Baixada Fluminense”, afirmou Tamara Campos, professora do Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Culturas e Artes da Unigranrio.

O público no Instituto Histórico de Duque de Caxias.

CORES DA CIDADE

No segundo dia do evento, o seminário ocupou o Instituto Histórico e Geográfico de Duque de Caxias com uma atividade cultural aberta ao público e ambientada na exposição “Cores da Cidade”.

Trabalhos de diferentes gerações de artistas da Baixada integram a mostra, inclusive de alunos do coletivo Explana Arte, da Escola Lia Márcia Gonçalves Panaro, em Duque de Caxias.

“Nós temos uma cultura e uma arte de resistência que muitas vezes as pessoas desconhecem. Por isso a importância desse evento e da universidade começar a construir essa ponte entre o território, quem faz cultura e a academia”, disse o pesquisador Antônio Carlos Oliveira, que palestrou na abertura da atividade cultural no Instituto Histórico.

Tania Amaro, Shay MC, Tamara Campos, Renata Oliveira e Antônio Carlos Oliveira na Exposição  “Cores da Cidade” no Instituto Histórico de Duque de Caxias.

 POESIA, MUSICA E CRÍTICA SOCIAL

A rapper Shay MC levou poesia, música e crítica social ao evento e encerrou com uma performance que exaltou a resistência da mulher preta.

Além de reunir diferentes gerações e trajetórias acadêmicas, o seminário integrou o Programa de Formação de Agentes Culturais (PFAC), fomentado pela Política Nacional Aldir Blanc, do Ministério da Cultura, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Duque de Caxias e contou com o apoio da FAPERJ.

FOTO – CAPA – Seminário Renata Oliveira, O professor Celso Pansera, Tamara Campos, Regina Abreu e Davi Silva no LABCEMA durante o I Seminário de Arte, Cultura e Patrimônio da Baixada Fluminense