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Exposição contará a história do caminho do ouro em Nova Iguaçu

Quem ainda não ouviu as expressões “Lavar a Égua”, “Guardado a Sete Chaves” ou “Santo do Pau Oco”? Independentemente da idade que alguém possa ter, elas atravessam gerações e serão explicadas em um vídeo divertido durante a exposição “Iguassú e os Caminhos do Ouro”, que será aberta nesta quarta-feira (12), às 19h, no Complexo Cultural Mario Marques.

No local, visitantes, historiadores e estudantes poderão conhecer os antigos caminhos utilizados pelos tropeiros para escoar o ouro das Minas Gerais no século 18, que contribuíram para o surgimento da antiga Vila de Iguassú, Maxambomba – atual Nova Iguaçu.

É este cenário histórico que o produtor e colecionador Mario Marcelo e Deborah de Barros, curadores da exposição, vão reproduzir para o público, que terá até o dia 4 de julho para apreciar o acervo adquirido ao longo de 15 anos.

Na exposição, podem ser vistos baús, celas, estribos, materiais de cozinha, como tremp (fogão portátil), burras usadas para transportar o ouro, quinteiro (usado para a cobrança do imposto), cofre de intendência e outros itens.

Na área central do espaço, um vídeo chamará a atenção do público. O ator Tiago Costa, que interpreta a personagem Vanessa Du Matu, dará voz e explicará diversas expressões como “Picar a Mula”, “Encher o Bucho”, “Quinto dos Infernos”, “Ouro de Tolo”, “Bruaca” e outras.

Para não sair do campo da interpretação, o ator José de Brito será visto na pele de um tropeiro, contando suas aventuras com direito à reprodução do cenário de um rancho.

A Prefeitura de Nova Iguaçu, Secretaria Municipal de Cultura, FENIG, Ministério da Cultura e Governo Federal” patrocinam a exposição.

Réplica da medalha do bicentenário de Tiradentes. Foto: Divulgação

Ambiente para Interagir

As visitas serão guiadas e vão de 13 de junho a 4 de julho, no Complexo Cultural, e de 8 a 14 de julho, no Espaço Cultural Tinguá. Para os organizadores, um dos grandes diferenciais desta montagem, além da riqueza das peças, algumas com mais de 300 anos, é a acessibilidade.

Tudo foi pensado para integrar todos os públicos e não deixar ninguém de fora. A curadora pensou em um ambiente em que as pessoas possam interagir com autonomia.

“Pensamos em vitrines com altura acessível, acervo tátil e recursos em áudio para que todos possam entender a história que está sendo contada”, contou Deborah de Barros, que é museóloga e quer mostrar a importância da Região da Baixada Fluminense no contexto histórico do Ciclo do Ouro.

A bigorna de ourives. Foto: Divulgação

Sonho Realizado

Mario Marcelo, que é o curador da exposição, conta que, para adquirir as peças em leilões e antiquários, muitas vezes deixou de investir em coisas pessoais. Tudo para ver a história de sua cidade ser mostrada e contextualizada de forma positiva.

Ele explica que Paraty e Ouro Preto, por exemplo, prosperaram por terem sido palco do caminho e da exploração do ouro, mas que, no caso da Baixada Fluminense, é preciso trazer mais visibilidade para que o patrimônio seja visitado, preservado e traga pertencimento aos moradores da região.

Por conta disso, um livro catálogo, com imagens ilustrativas das peças usadas pelos tropeiros e mineradores, será lançado e os exemplares distribuídos para escolas, universidades e historiadores. O material também poderá ser baixado na internet. A coordenação de pesquisa foi realizada pelo historiador Edson Ribeiro, com a participação de vários profissionais conceituados.

A realização do evento é da MH Lima Produções, representada pelo ator Marcos Carneiro, que foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo em edital publicado pela Secretaria Municipal de Cultura de Nova Iguaçu, que, junto com a Fenícios e o Ministério da Cultura, patrocinam a exposição.

Serviço:

Exposição: 12 de junho a 4 de julho, Complexo Cultural Mario Marques
Mediação de grupos: até 20 pessoas, às quartas-feiras – 10h, 11h, 12h, 14h, 15h e 16h
Agendamentos de escolas: podem ser feitos pelo e-mail: iguassucaminhosdoouro@gmail.com

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