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Raissa de Oliveira, ex-rainha de bateria da Beija Flor, reabre as portas da ONG RAYDI com projeto de alfabetização para crianças autistas

Após sofrer um ato de vandalismo, no fim do ano passado, a ONG RAYDI, referência em inclusão social há 18 anos em Nilópolis, reabriu suas portas com novas turmas e projetos.

Entre as novidades, está um projeto inovador de alfabetização para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), voltado a alunos de 5 a 6 anos em fase de pré-alfabetização ou alfabetização inicial.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

O projeto utiliza uma metodologia afetiva e respeitosa, com abordagens adaptadas às necessidades de cada criança. Recursos visuais, táteis, sonoros e tecnológicos são empregados para facilitar o aprendizado, sempre com foco na autonomia e no acolhimento. A condução pedagógica é da professora Vanessa da Matta, especialista em educação inclusiva:

“Muitas crianças com TEA apresentam desafios específicos no processo de aprendizagem, especialmente em ambientes que não consideram suas necessidades. Por isso, esse projeto é tão importante. Trabalhamos com acolhimento e estímulos sensoriais que despertam o interesse e facilitam a compreensão. Nosso objetivo é que cada criança avance no seu tempo e se sinta segura e motivada a aprender”, explica Vanessa.

Raíssa Oliveira com Cristina Lucia, Vanessa da Matta e Diego Oliveira.

A MÚSICA COMO FERRAMENTA DE CONEXÃO

Além das atividades pedagógicas, o projeto conta com aulas de musicalização, conduzidas por Diego Oliveira, um dos fundadores da RAYDI e percussionista de reconhecimento internacional.

Diego usa a música como ferramenta de conexão, expressão e aprendizado:

“A música é um canal poderoso de comunicação, especialmente para crianças autistas. Ela estimula o cérebro, favorece a socialização e torna o processo de ensino mais leve, lúdico e eficaz. A cada aula, vemos respostas emocionantes”, afirma Diego, que participa ativamente das atividades.

REDE DE APOIO

Cristina Lúcia , presidente da ONG, destaca o impacto da reabertura e o compromisso da instituição com a transformação social:

“A RAYDI sempre teve como missão acolher e transformar. Nosso compromisso é com cada criança, cada família, cada história de superação. Como mãe, posso afirmar que esse é um dos projetos mais importantes da nossa trajetória. Sei o quanto é difícil para muitas mães, que enfrentam a realidade de criar filhos autistas sozinhas, sem apoio. Com esse projeto, queremos ser rede de apoio, garantir dignidade, respeito e possibilidades reais de desenvolvimento para essas crianças.”

Raíssa não perde a majestade.

TRANSFORMAR VIDAS

Para Raíssa de Oliveira, fundadora da ONG, empresária e ex-rainha de bateria da Beija-Flor, o momento marca um novo ciclo:

“Esse projeto é uma chance de fazer a diferença na vida dessas crianças. Queremos que cada uma delas se sinta valorizada, estimulada e capaz. Tudo foi pensado com muito carinho, amor e profissionalismo. Tenho certeza de que vamos alcançar grandes resultados e transformar vidas”, afirma.

NOVOS CURSOS

Além da alfabetização para crianças autistas, a reabertura da ONG também trouxe outras iniciativas importantes, como aulas de atabaque e cursos profissionalizantes, entre eles o de trancista, implantista, voltado para geração de renda e capacitação de mulheres da comunidade, que vem se juntar a atividades, como aulas de samba no pé, ritmos urbanos, zumba, dança do ventre, balé, capoeira, k-pop, teatro, jiu-jitsu.

(*) Com Juliana Palmer, assessoria de imprensa