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Um encontro afetivo com a música brasileira

Numa época em que a Baixada Fluminense, mesmo sem equipamentos culturais do governo do estado ou federal (realidade que não mudou até os dias de hoje) era efervescente culturalmente. Os artistas e produtores culturais da região faziam o que hoje ficou conhecido como movimento cultural de guerrilha: muitas vezes sem apoio institucional, improvisavam espaços, botavam a cara no mundo e criavam projetos que ficaram na história da Baixada e mesmo da MPB. Era o caso do projeto “Quinta Oito e Trinta – Encontro com a Música Brasileira”, realizado na cidade de Nova Iguaçu no período de junho de 1990 a novembro de 1993. 

O produtor Nelson Freitas e Cassia Eller.

O projeto, com uma boa estrutura dentro dos padrões da época, realizou 33 apresentações de renomados artistas do cenário musical nacional, como Zé Ramalho, Cássia Eller, Lô Borges, Leila Pinheiro, Luiz Melodia, 14 Bis, Geraldo Azevedo, Moraes Moreira, Fátima Guedes, Flávio Venturini, Arthur Moreira Lima, Angela Ro Ro, João Nogueira, Joyce; Selma Reis, Suely Costa, a nata da musica popular brasileira, somadas a apresentações de artistas de Nova Iguaçu e da Baixada Fluminense como Carlos Romão, Adriana Guimarães, Daniel Guerra, Sérgio Tarquino, Roberto Lara, Gil Cortes, Catoni, Roque da Paraíba, Sylvio Monteiro, Banda Quorum, Ahoa Afrânio Peixoto, Fernanda Moraes, Malena, Marline, Marlene, Federoca, Marcio Aquino, Beto Rocha, Claudio Camillo, que se destacaram no cenário musical da região. 

Para comemorar este grande momento da musica, o musico Nelson Freitas, um do produtores do “Quinta Oito e Trinta”, em plena atividade artística e cultural, pretende captar depoimentos e realizar no domingo, 22 de setembro, na Praça Rotariano Hércules Alpino, atrás da Igreja de São Jorge, cenas do filme documentário “Encontros com a Música Brasileira”, uma incursão na memória do vibrante projeto “Quinta Oito e Trinta – Encontro com a Música Brasileira”.

Os produtores  Nelson Freitas e Silvério Lazaronni com o musico Geraldo Azevedo.

O documentário promete depoimentos marcantes, carregados de grande emoção, do publico e artistas que tiveram a oportunidade de vivenciar este grande momento cultural da cidade.

RIOSAMPA

Enquanto o projeto “Quinta Oito e Trinta”, aberto ao publico, fazia sucesso em pequenos teatros, em clubes e nas praças da cidade, não por coincidência, no dia 06 de dezembro de 1990 o empresário Lauro Giehl inaugurou na Rodovia Presidente Dutra, em Nova Iguaçu, com show do cantor Roberto Carlos, a Riosampa, que se tornou, em pouco tempo, a maior casa de shows da Baixada Fluminense. O templo da música da Baixada, como ficou conhecida, sobreviveu por quase 30 anos com apresentação de grandes artistas nacionais e regionais.

Cartazes do Projeto “Quinta Oito e Trinta”.

A casa, que nos seus primeiros anos manteve a mesma estrutura do Canecão, durante a sua vibrante existência projetou a Baixada no cenário do show business nacional.

Período em que, ao menos na música, Nova Iguaçu nunca  esteve tão bem representada.

Leila Pinheiro e  Roberto Menescal atrações do “Quinta Oito e Trinta”.
Claudio Nucci, uma das atrações do “Quinta Oito e Trinta”.
Cartaz do Projeto “Quinta Oito e Trinta”.

Fotos/Crédito: Valter Filé

SERVIÇO:

Gravação do filme “Encontros com a Música Brasileira” 

Domingo, 22 de setembro, das 11h às 17h. 

Local: Praça Rotariano Hércules Alpino – Rua Paulo Froes Machado S/Nº – atrás da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e São Jorge – Igreja de São Jorge. 

Classificação Livre. 

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